quarta-feira, 12 de setembro de 2012

ESPECIAL 11 DE SETEMBRO


Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, chamados também deatentados de 11 de setembro de 2001, foram uma série de ataques suicidascoordenados pela Al-Qaeda aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001. Na manhã daquele dia, 19 terroristas da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais a jato de passageiros. Os sequestradores intencionalmente bateram dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova Iorque, matando todos a bordo e muitos dos que trabalhavam nos edifícios. Ambos os prédios desmoronaram em duas horas, destruindo construções vizinhas e causando outros danos. O terceiro avião de passageiros caiu contra o Pentágono, em ArlingtonVirgínia, nos arredores de Washington, D.C. O quarto avião caiu em um campo próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois que alguns de seus passageiros e tripulantes tentaram retomar o controle do avião, que os sequestradores tinham reencaminhado para Washington, D.C. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.
O total de mortos nos ataques foi de 2.996 pessoas, incluindo os 19 sequestradores.A esmagadora maioria das vítimas eram civis, incluindo cidadãos de mais de 70 países. Além disso, há pelo menos um óbito secundário - uma pessoa foi descartada da contagem por um médico legista, pois teria morrido por doença pulmonar devido à exposição à poeira do colapso do World Trade Center.
Os Estados Unidos responderam aos ataques com o lançamento da Guerra ao Terror: o país invadiu o Afeganistão para derrubar o Taliban, que abrigou os terroristas da Al-Qaeda (ver: Guerra do Afeganistão). Os Estados Unidos também aprovaram o USA PATRIOT Act. Muitos outros países também reforçaram a sua legislação antiterrorismo e ampliaram os poderes de aplicação da lei. Algumasbolsas de valores estadunidenses ficaram fechadas no resto da semana seguinte ao ataque e registraram enormes prejuízos ao reabrir, especialmente nas indústrias aérea e de seguro. O desaparecimento de bilhões de dólares em escritórios destruídos causaram sérios danos à economia de Lower ManhattanNova Iorque.
Os danos no Pentágono foram reparados em um ano, e o Memorial do Pentágonofoi construído ao lado do prédio. O processo de reconstrução foi iniciado no local do World Trade Center. Em 2006, uma nova torre de escritórios foi concluída no local, a 7 World Trade Center. A torre 1 World Trade Center está em construção no local e, com 541 metros de altura após sua conclusão, em 2013, se tornará um dos edifícios mais altos da América do Norte. Mais três torres foram inicialmente previstas para serem construídas entre 2007 e 2012 no local das antigas Torres Gêmeas. O Memorial Nacional do Voo 93 começou a ser construído 8 de novembro de 2009 e a primeira fase de construção foi concluída no 10º aniversário dos atentados de 11 de setembro, em 2011.

Ataques

Na manhã do dia 11 de setembro de 2001 dezenove sequestradores assumiram o controle de quatro aviões comerciais em rota para São Francisco e Los Angeles partindo de Boston,Newark e Washington, D.C. (Aeroporto Internacional Washington Dulles).[1] Às 08:46, o Voo 11 da American Airlines atingiu a Torre Norte do World Trade Center, seguido pelo Voo 175 da United Airlines que atingiu a Torre Sul às 09h03.[7][8]
Outro grupo de sequestradores do Voo 77 da American Airlines atingiu o Pentágono às 9:37. Um quarto voo, o Voo 93 da United Airlines caiu em uma área rural perto deShanksvillePensilvânia às 10:03, depois de os passageiros terem tentado retomar o controle do avião dos sequestradores. Acredita-se que a meta final dos sequestradores seria o Capitólio (sede do Congresso dos Estados Unidos) ou a Casa Branca.[9][10]
Em setembro de 2002, em uma entrevista realizada para o documentarista Yosri Fouda, um jornalista da Al JazeeraKhalid Sheikh Mohammed, junto a Ramzi Binalshibh afirmaram que o quarto avião sequestrado estava se dirigindo para Capitólio dos Estados Unidos e não para a Casa Branca. Eles ainda afirmaram que a Al-Qaeda inicialmente tinha planejado fazer com que os aviões sequestrados atingissem instalações nucleares em vez das torres do World Trade Center e do Pentágono, mas foi decidido não atacar as centrais nucleares "para o momento" por causa de temores de que os ataques poderiam "sair da controle".[11]
Durante o sequestro dos aviões, os terroristas usaram armas para esfaquear e matar os pilotos das aeronaves, os comissários de voo e os passageiros. Relatórios feitos com as chamadas telefônicas vindas dos avião indicaram que as facas foram usadas pelos sequestradores para ferir atendentes e, em ao menos um caso, em um passageiro, durante dois dos sequestros.[12][13] Alguns passageiros foram capazes de fazer ligações, usando o serviço de telefone da cabine e celulares,[14][15] e fornecer detalhes, inclusive de que vários dos sequestradores que estavam a bordo de cada avião tinham usado sprays químicos contra a tripulação, como gás lacrimogêneo ou spray de pimenta, e que algumas pessoas a bordo tinha sido esfaqueadas.[16][17][18][19]
As trajetórias de voo dos quatro aviões sequestrados usados ​​nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Pentagon Security Camera 1.ogv
Vídeo de uma câmera de segurança doVoo 77 colidindo contra o Pentágono.
Comissão do 11/09 estabeleceu que dois dos sequestradores tinham recentemente comprado ferramentas manuais multi-funções da marca Leatherman.[20] Uma aeromoça do voo 11, um passageiro do voo 175 e os passageiros do voo 93 mencionaram que os sequestradores tinham bombas, mas um dos passageiros também mencionou que ele achava que as bombas eram falsas. Nenhum vestígio de explosivos foram encontrados nos locais dos incidentes e a Comissão do 11/09 concluiu que as bombas eram provavelmente falsas.[12]
No Voo 93 da United Airlines as gravações da caixa preta revelaram que a tripulação e os passageiros tentaram assumir o controle do avião dos sequestradores depois de ficarem sabendo, através de chamadas telefônicas, que outros aviões sequestrados foram jogados contra edifícios na manhã daquele dia.[21] De acordo com a transcrição das gravações do voo 93, um dos sequestradores deu a ordem para alterar a rota do avião, uma vez que tinha ficado evidente que eles iriam perder o controle do avião para os passageiros.[22] Logo depois a aeronave caiu em um campo perto de Shanksville, em Stonycreek Township,Condado de SomersetPennsylvania, às 10:03:11, hora local (14:03:11 UTC). Khalid Sheikh Mohammed, o organizador dos atentados, mencionou em uma entrevista de 2002 com Yosri Fouda que o alvo do Voo 93 era o Capitólio dos Estados Unidos, que foi dado o nome de código "da Faculdade de Direito".[23]
Três dos prédios do Complexo do World Trade Center desmoronaram devido a uma falha estrutural, no dia do ataque.[24] A Torre Sul (WTC 2) caiu às 9h59, após queimar por 56 minutos em um incêndio causado pelo impacto de Voo 175 da United Airlines.[24] A Torre Norte (WTC 1) desmoronou às 10:28, após queimar por aproximadamente 102 minutos.[24]Quando a Torre Norte desabou, os escombros caíram próximo à 7 World Trade Center(WTC 7), danificando o edifício e iniciando um incêndio. Estes incêndios queimaram durante horas e comprometeram a integridade estrutural do edifício, levando-o ao colapso total às 17:21.[25][26]
Os ataques criaram confusão generalizada entre as organizações de notícias e os controladores de tráfego aéreo nos Estados Unidos. Todo o tráfego aéreo civil internacional foi proibido de desembarcar em solo estadunidense por três dias.[27] As aeronaves já em voo ou foram afastadas ou desviadas para aeroportos no Canadá ou no México. Fontes de notícias e relatórios não confirmados, muitas vezes contraditórios, foram divulgados ao longo do dia. Um dos mais prevalentes destes relatou que um carro-bomba iria ser detonado na sede do Departamento de Estado dos Estados Unidos, em Washington, D.C.[28] Logo após a divulgação pela primeira vez sobre o incidente no Pentágono, alguns meios de comunicação também informaram brevemente que um incêndio tinha eclodido no National Mall.[29] Outro relatório saiu na Associated Press, informando que também o Voo 1989 da Delta Air Lines havia sido sequestrado. Este relatório também revelou-se falso; acreditou-se por momentos que também este voo corria risco de sequestro, mas seu comando respondeu aos controladores, e pousou em segurança em ClevelandOhio.[30]

Vítimas

Mortes (excluindo os sequestradores)
Nova IorqueWorld Trade Center2.606[31][32]
American 1187[33]
United 17560[34]
ArlingtonPentágono125[35]
American 7759[36]
ShanksvilleUnited 9340[37]
Total2.977
Houve um total de 2.996 mortes, incluindo os 19 sequestradores e as 2.977 vítimas.[38] As vítimas foram distribuídas da seguinte forma: 246 nos quatro aviões (onde não houve sobreviventes), 2606 na cidade de Nova Iorque e 125 noPentágono.[39][40] Todas as mortes ocorridas foram de civis, exceto por 55 militares atingidos no Pentágono.[41]
Mais de noventa países perderam cidadãos nos ataques ao World Trade Center.[42]Em 2007, o escritório examinador médico da cidade de Nova Iorque divulgou o número oficial de mortos do 11 de Setembro, adicionando a morte de Felicia Dunn-Jones. Dunn-Jones faleceu cinco meses depois do 11/09 devido a uma doença pulmonar que foi ligada à exposição à poeira durante o colapso do World Trade Center.[43] Heyward Leon, que morreu de linfoma em 2008, foi adicionado ao número oficial de mortes em 2009.[44]
NIST estimou que cerca de 17.400 civis estavam no complexo do World Trade Center no momento dos ataques, enquanto as contas da Autoridade Portuária de Nova Iorque sugerem que 14.154 pessoas estavam nas Torres Gêmeas às 08h45min.[45][46] A grande maioria das pessoas abaixo da zona de impacto evacuaram os edifícios com segurança, junto com 18 pessoas que estavam na zona de impacto na torre sul, e um número de pessoas que estava acima da zona de impacto que, evidentemente, usaram a escadaria intacta na Torre Sul.[47] Pelo menos 1.366 pessoas morreram, pois estavam no andar do impacto da Torre Norte ou em andares superiores, e pelo menos 618 na Torre Sul, onde a evacuação tinha começado antes do segundo impacto.[48] Assim, mais de 90% dos trabalhadores e visitantes, que morreram nas Torres encontravam-se no andar do impacto ou nos andares superiores.
De acordo com o relatório da Comissão centenas foram mortos instantaneamente com o impacto, enquanto os demais ficaram presos e morreram após o colapso da torre.[49] Pelo menos 200 pessoas pularam dos edifícios para a morte (como mostrado na foto "The Falling Man"), caindo nas ruas e telhados de edifícios adjacentes, centenas de metros abaixo.[50] Alguns dos ocupantes de cada torre, e que estavam acima do ponto de impacto, subiram em direção ao teto, na esperança de um resgate por helicóptero, mas as portas de acesso ao telhado estavam bloqueadas. Não existia qualquer plano de resgate de helicóptero e, em 11 de setembro, a fumaça e calor intenso teria impedido tais aeronaves de realizarem salvamentos.[51]
Ground Zero em 13 de setembro de 2001, a pluma de fumaça dos escombros durou mais de um mês após os ataques.
Os restos do 6 World Trade Center7 World Trade Center e 1 World Trade Center dias após os ataques.
Um total de 411 trabalhadores de emergência que responderam aos chamados de socorro morreram quando tentavam resgatar as pessoas e apagar os incêndios. ONew York City Fire Department (FDNY) perdeu 341 bombeiros e dois paramédicos.[52] O New York City Police Department perdeu 23 funcionários.[53] A Port Authority Police Department perdeu 37 oficiais,[54] e 8EMTs adicionais e paramédicos de unidades privadas de serviços de emergência foram mortos.[55][56]
Cantor Fitzgerald L.P., um banco de investimento nos pisos 101a-105a da One World Trade Center, perdeu 658 funcionários, muito mais do que qualquer outro empregador.[57] A Marsh Inc., localizada imediatamente abaixo do Cantor Fitzgerald nos pisos 93-101 (o local de impacto do voo 11) perdeu 355 funcionários, e 175 funcionários da Aon Corporation foram mortos.[58] Depois de Nova YorkNew Jersey foi o estado mais atingido, com a cidade de Hoboken ostentando a maioria das mortes.[59]
Semanas após o ataque, o número de vidas perdidas foi estimado em mais de seis mil.[60] A cidade de Nova Iorque só foi capaz de identificar os restos de cerca de 1.600 das vítimas no World Trade Center. O escritório legista também recolheu cerca de dez milossos não identificados e fragmentos de tecidos humanos que não podem ser combinados para a lista de mortos".[61] Fragmentos de ossos ainda estavam sendo encontrados em 2006, quando os trabalhadores estavam se preparando para demolir o danificadoDeutsche Bank Building. Essa operação foi concluída em 2007. Em 2 de abril de 2010 uma equipe de especialistas em antropologia earqueologia começou a procurar por restos humanos, artefatos humanos e objetos pessoais no aterro sanitário de Fresh Kills, emStaten Island. A operação foi concluída em junho de 2010, com 72 restos humanos encontrados, elevando o total de restos humanos encontrados para 1845. As identidades de 1629 das 2753 vítimas[62] foram identificadas. Os perfis de DNA, na tentativa de identificar as vítimas adicionais, são permanentes.[63]

Danos

Fotografia aérea do Ground Zero no dia 17 de setembro de 2001.
O Pentágono parcialmente destruído após o colapso do avião.
Junto com os 110 andares das Torres Gêmeas do World Trade Center em si, vários outros edifícios no local do World Trade Center foram destruídos ou seriamente danificados, incluindo o 7 World Trade Center, o 6 World Trade Center, o 5 World Trade Center, o 4 World Trade Center, o Marriott World Trade Center (WTC 3), o World Financial Center e a Igreja Ortodoxa Grega St. Nicholas.[64] A queda das Torres Gêmeas representam os únicos exemplos de colapso progressivo total de estruturas em aço já registrados na história.[65]
O prédio do Deutsche Bank Building foi mais tarde condenado devido à sua inabitabilidade, às condições tóxicas no interior da torre de escritórios, e teve que ser demolida.[66][67] O Fiterman Hall do Borough of Manhattan Community College também foi condenado devido aos danos causados nos ataques, e está previsto para ser demolido.[68]
Outros edifícios vizinhos, incluindo o 90 West Street e o Edifício Verizon, sofreram grandes danos, mas já foram reparados.[69] Os edifícios do World Financial Center, o One Liberty Plaza, o Millenium Hilton e o 90 Church Street tiveram danos moderados[70] e já foram restaurados. Equipamentos de comunicação no topo da Torre Norte, incluindo torres de telefonia, rádio e televisão, também foram destruídos, mas as estações de mídia rapidamente redirecionaram os sinais e retomaram as emissões.[64] No condado de Arlington uma parte do Pentágono foi severamente danificada pelo fogo e uma seção do prédio desabou.[71]

Resgate e recuperação

Um bombeiro de Nova Iorque solicita mais dez socorristas para trabalharem junto aos escombros do World Trade Center.
New York City Fire Department (FDNY) rapidamente mandou 200 unidades (metade do departamento) para o local dos ataques, cujos esforços foram completados por váriosbombeiros de folga e paramédicos.[72][73][74] O New York City Police Department (NYPD) enviou Unidades de Serviço de Emergência (ESU) e outros policiais, juntamente com a implantação de sua unidade de aviação.[75] Uma vez em cena, o FDNY, NYPD e policiais da Autoridade Portuária não coordenaram os esforços[72] e terminaram até redundante para realizar pesquisas civis.[76]
Com as condições deterioradas, a unidade de aviação da NYPD retransmitia informações aos comandantes dos bombeiros, que emitiram ordens para o seu pessoal evacuar as torres, de modo que a maioria dos oficiais estava em condições de segurança antes de evacuar os edifícios que desmoronaram.[75][76] Com postos de comando criados separadamente, e comunicações de rádio entre os organismos incompatíveis, os avisos não foram repassados aos comandantes do FDNY.
Após a primeira torre desabar os comandantes dos bombeiros enviaram os avisos de evacuação, no entanto, devido a dificuldades técnicas com o mau funcionamento do sistema repetidor de rádio, os bombeiros não ouviram muitas das ordens de evacuação. Os atendentes do 9-1-1 também receberam informações de chamadas que não foram repassada aos comandantes no local.[73] Poucas horas depois do ataque uma importante operação de busca e resgate foi lançada. Depois de meses de operações, o local do World Trade Center foi limpo no final de maio de 2002.[77]

Responsabilidade

Al-Qaeda

Fotografia de Osama bin Laden em 1997.
Khalid Sheikh depois de sua captura noPaquistão, considerado o autor intelectual do ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center.
FBI, trabalhando junto com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, identificou os 19 sequestradores falecidos em apenas 72 horas. Poucos tinham tratado de ocultar seus nomes ou cartões de crédito, e eram quase os únicos passageiros de origem árabe nos voos. Assim, no dia 27 de setembro de 2001, o FBI pode determinar seus nomes e em muitos casos detalhes como a data de nascimento, residências conhecidas ou possíveis, o estado dos respectivos vistos, e a identidade específica dos supostos pilotos.[78]
As investigações do Governo dos Estados Unidos incluíram a operação do FBI, a maior já feita na história, com mais de 7.000 agentes envolvidos. Os resultados desta determinaram que Al-Qaeda e Osama bin Laden tinham sido os responsáveis pelos atentados. A idêntica conclusão chegaram as investigações do governo britânico.[79]
Logo após os ataques o governo do Afeganistão solicitou provas ao governo americano sobre a autoria dos ataques por Bin Laden; caso fossem apresentadas estas provas estes iriam detê-lo e entregá-lo às autoridades americanas. O governo estadunidense nunca apresentou publicamente tais provas.[80][81] As provas públicas de sua autoria se limitam à sua declaração de guerra santa contra os Estados Unidos, e uma mensagem filmada por Bin Laden e outros, conclamando seus adeptos a matarem civis norte-americanos em 1998, e que são consideradas por muitos como evidência de sua motivação para cometer estes atos.
No dia 16 de setembro de 2001 Bin Laden negou qualquer participação nos atentados lendo um comunicado que foi emitido por ele em um canal de televisão via satélite do Qatar, a Al Jazeera, e posteriormente repetido por numerosas cadeias de televisão estadunidenses:[82]
Cquote1.svgInsisto que não executei este ato, que parece ter sido realizado por indivíduos com seus próprios motivos.Cquote2.svg
— Bin Laden
Entretanto, em novembro de 2001, as Forças Armadas dos Estados Unidos encontraram uma fita de vídeo caseiro numa casa destruída em JalalabadAfeganistão, onde Osama bin Laden fala com Khaled al-Harbi.[83] Em várias partes da fita Bin Laden reconhece ter planejado os ataques:
Cquote1.svgNós calculamos por adiantado a quantidade de baixas do inimigo, que morreriam devido ficarem presos na torre. Nós calculamos que os andares que deveriam ser prejudicados eram três ou quatro. Eu era o mais otimista de todos…devido a minha experiência neste campo. Eu pensava que o fogo da gasolina do avião derreteria a estrutura de ferro do edifício e somente faria colapsar a área onde o avião se chocara e os andares acima. Isso era todo o que esperávamos.Cquote2.svg
— Bin Laden[84]
No dia 27 de dezembro de 2001 foi difundido outro vídeo de Bin Laden, no qual afirma:
Cquote1.svgOcidente em geral, e os Estados Unidos em particular, têm um ódio pelo islã… O terrorismo contra EUA é benéfico e está justificado.Cquote2.svg
— Bin Laden[85]
Pouco antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2004, em um comunicado por vídeo, Bin Laden reconheceu publicamente a responsabilidade da al-Qaeda nos atentados dos Estados Unidos, e admitiu sua implicação direta nos ataques. Disse:
Cquote1.svgNós decidimos destruir as torres na América… Deus sabe que não nos ocorreu originalmente essa ideia, mas nossa paciência se esgotou diante da injustiça e inflexibilidade da aliança entre Americanos e Israelenses contra o nosso povo na Palestina e no Líbano e então a ideia surgiu na minha mente.Cquote2.svg
— '
Em uma fita de áudio transmitida pela Al Jazeera em 21 de maio de 2006, Bin Laden disse que ele comandou pessoalmente os 19 sequestradores.[86] Outro vídeo obtido pela Al Jazeera, em setembro de 2006, mostra Osama bin Laden com Ramzi Binalshibh, assim como a dois sequestradores, Hamza al-Ghamdi e Wail al-Shehri, fazendo preparações para os atentados.[87]
Uma "Comissão Nacional sobre os Ataques Terroristas contra os Estados Unidos" foi formada pelo governo dos Estados Unidos, e é habitualmente conhecida como Comissão do 11 de Setembro. Publicou um informe, em 22 de julho de 2004, concluindo que os atentados foram elaborados e executados por membros da al-Qaeda.[88] Ali se diz: "Os conspiradores de 11 de setembro gastaram finalmente entre 400.000 e 500.000 dólares para planejar e conduzir seu ataque, mas as origens específicas do dinheiro usado para executar os ataques permanece desconhecido."[89]
Segundo conclusões das investigações oficiais do governo americano os ataques cumpriam com a intenção declarada da Al-Qaeda, expressada na fatwa de 1998 de Osama bin Laden, Aymán al-Zawahirí, Abu-Yasir Rifa'i Ahmad Taha, Shaykh Mir Hamzah, e Fazlur Rahman (emir do Movimento Yihadista de Bangladesh).[90]
fatwa lista três "crimes e pecados" cometidos pelos Estados Unidos: apoio militar a Israel, ocupação militar da península arábica e agressão contra o povo do Iraque.

Motivos

Alega-se que os três principais motivos para os ataques de 11 de setembro sejam a presença dos EUA na Arábia Saudita,[91] o apoio a Israel por parte dos Estados Unidos,[92] e as sanções contra o Iraque.[93] Estes motivos foram ditos explicitamente pela Al-Qaeda em declarações pretéritas aos atentados, incluindo a fatwā de agosto de 1996.[94] e um pequeno fatwā publicado em fevereiro de 1998.[95] Após os ataques, Bin Laden e Al-Zawahiri publicaram fitas de vídeos e fitas de áudio adicionais, algumas delas repetindo as razões pelos ataques. Duas dessas publicações merecem destaque: "Carta para a América" de 2002,[96] e um vídeo de 2004 mostrando Bin Laden.[97] Além de pronunciamentos diretos de Bin Laden e a Al-Qaeda, inúmeros analistas políticos têm postulado outras motivações para os ataques.
A contínua presença das tropas estado-unidenses após a Guerra do Golfo na Arábia Saudita seria uma das motivações por detrás do atentado de 11 de setembro,[95] bem como o Ataque das Torres Khobar.[98] Bin Laden disse que o Profeta Maomé bania a "presença permanente de infiéis na Arábia".[99] No fatwā de 1998, a Al-Quaeda escreveu que "por mais de sete anos, os Estados Unidos têm vindo a ocupar as terras do Islã e os lugares mais santos, a Península Arábica, saqueando suas riquezas, mandando em seus governantes, humilhando seu povo, aterrorizando seus vizinhos, e transformando as bases da península em uma liderança para lutar com os povos muçulmanos vizinhos."[100] Em entrevista em 1999 com Rahimullah Yusufzai, Bin Laden disse que pressentia que os americanos estavam "perto demais de Meca" e considerou que esta era uma provocação para todo o mundo muçulmano.[101]
Em novembro de 2002, na "Carta para a América", Bin Laden disse que o apoio dos Estados Unidos à Israel era outro motivo: "A criação e manutenção de Israel é um dos maiores crimes, e vocês são os líderes desses criminosos. E, claro, não há necessidade de explicar e demonstrar o grau de apoio americano a Israel. A criação de Israel é um crime que deve ser apagado. Toda e qualquer pessoa cujas mãos se tornaram poluídas do contributo para este crime tem de pagar o seu preço, e pagar por isso fortemente."[102]Em 2004 Bin Laden reforçou que o apoio à Israel era um dos motivos.[103] Vários analistas, incluindo John Mearsheimer e Stephen Walt, autores do livro The Israel Lobby and U.S. Foreign Policy, também argumentam que o principal motivo dos ataques de 11 de setembro foi o apoio que os EUA deu à Israel.[101][104]
No fatwā de 1998, a Al Qaeda pronunciou que as sanções do Iraque eram razões para matar os estado-unidenses: "apesar da grande devastação infligida ao povo iraquiano pela aliança cruzado-sionista, e apesar do grande número de pessoas mortas, que ultrapassou um milhão... apesar de tudo isso, os americanos estão mais uma vez contra a tentativa de repetir os massacres horrendos, como se eles não se contentassem com o bloqueio prolongado imposto após a guerra feroz ou a fragmentação e destruição.... Com base nisso, e em conformidade com a ordem de Deus, emitimos a fatwa que se segue para todos os muçulmanos: A decisão de matar os americanos e seus aliados, civis e militares é um dever individual de todo muçulmano..."[100]
Em adição a esses motivos dados pela própria Al Qaeda, alguns analistas têm sugerido outras razões, muitas vezes rejeitadas, incluindo uma humilhação que o mundo islâmico teria ao ficar para trás do mundo ocidental, especialmente pela diferença expressiva da economia devido à globalização recente.[105] Outro motivo especulado pelos ocidentais é o de que os terroristas teriam o desejo de provocar os EUA para uma guerra mais ampla contra o mundo islâmico, com a esperança de motivar mais aliados a apoiarem a Al Qaeda.[106][107][108]

Planejamento

Mapa mostrando os ataques ao World Trade Center (os aviões não estão em escala).
Gráfico do FEMA ilustrando os ataques ao World Trade Center.
A ideia para os ataques veio de Khalid Sheikh Mohammed, que primeiro apresentou o projeto a Osama bin Laden em 1996.[109] Nesse momento, Bin Laden e a Al-Qaeda estavam em um período de transição, tendo acabado de se mudar de volta ao Afeganistão, vindos doSudão.[110] Em 1998, os atentados terroristas às embaixadas dos Estados Unidos na Áfricae o fatwa de bin Laden marcaram um ponto de virada, quando Osama voltou suas atenções a atacar os Estados Unidos.[110] Em dezembro de 1998, Centro de Contraterrorismo da CIArelatou ao então presidente Bill Clinton que a Al-Qaeda estava se preparando para ataques contra os Estados Unidos que poderiam incluir sequestro de aviões.[111][112]
No final de 1998 ou no início de 1999, Bin Laden deu a aprovação para Mohammed avançar com a organização dos ataques. Uma série de reuniões ocorridas no início de 1999, envolvendo Mohammed, bin Laden e seu vice, Mohammed Atef.[110] Atef prestou apoio operacional para o projeto, incluindo seleções de destino e ajuda na organização de viagens para os sequestradores.[110] Bin Laden discordou de Mohammed, rejeitando alguns alvos potenciais, como a US Bank Tower, em Los Angeles, porque "não havia tempo suficiente para se preparar para uma operação desse tipo".[113][114]
Bin Laden liderou e deu apoio financeiro para a trama, além de ter se envolvido na seleção de participantes.[115] Osama inicialmente selecionou Nawaf al-Hazmi e Khalid al-Mihdhar, ambos jihadistas experientes que lutaram na Bósnia. Hazmi e Mihdhar chegaram aos Estados Unidos em meados de janeiro de 2000. Na primavera de 2000, Hazmi e Mihdhar tiveram aulas de vôo em San Diego, na Califórnia, mas ambos pouco falavam inglês, mal fizeram as aulas de vôo e, finalmente, serviram como sequestradores secundários.[116][117]
No final de 1999, um grupo de homens a partir de Hamburgo, na Alemanha, chegaram noAfeganistão, incluindo Mohamed AttaMarwan al-ShehhiZiad Jarrah e Ramzi bin al-Shibh.[118] Bin Laden selecionou estes homens porque eles eram educados, falavam inglês e tinham experiência de vida no oeste dos EUA.[119] Novos recrutas foram examinados rotineiramente para habilidades especiais e os líderes da al-Qaeda, consequentemente, descobriram que Hani Hanjour já tinha uma licença de piloto comercial.[120]
Hanjour chegou em San Diego em 8 dezembro de 2000, juntando-se a Hazmi.[121] Eles logo partiram para o Arizona, onde tiveram cursos de reciclagem com Hanjour. Marwan al-Shehhi chegou no final de maio de 2000, enquanto Atta chegou em 3 de junho de 2000 e Jarrah em 27 de junho de 2000. Bin al-Shibh tentou por várias vezes obter um visto para os Estados Unidos, mas como um iemenita, foi rejeitado devido a preocupações que ele ficasse mais tempo do que o seu visto e permanecesse como um imigrante em situação ilegal. Bin al-Shibh permaneceu em Hamburgo, proporcionando coordenação entre Atta e Mohammed. Os três membros da célula de Hamburgo assumiram todos os treinamento de pilotos no sul da Flórida.
Na primavera de 2001, os sequestradores secundários começaram a chegar nos Estados Unidos.[122] Em julho de 2001, Atta reuniu-se com bin al-Shibh na Espanha, onde coordenou detalhes da trama, incluindo a seleção final de alvos. Bin al-Shibh também passou o desejo de Bin Laden de que os ataques fossem realizados o mais rapidamente possível.[123]

Grupos de apoio

  • Dentro dos Estados Unidos
Por volta de 1.200 estrangeiros foram presos e encarcerados secretamente em relação à investigação dos ataques de 11 de setembro, ainda que o governo não tenha divulgado o número exato.[124]
Os métodos utilizados pelo Estado para investigar e deter suspeitos tem sido severamente criticados por organizações de direitos humanos como Human Rights Watch[125] e chefes de governo como a chanceler alemã Angela Merkel.[126]
Até agora o governo dos Estados Unidos não falou a ninguém dos participantes da conspiração que realizaram as operações em terra.
  • Célula de apoio na Espanha
No dia 26 de setembro de 2005, a Audiência Nacional da Espanha, dirigida pelo juiz Baltasar Garzón, condenou a Abu Dahdah a 27 anos de prisão por conspiração nos atentados de 11 de setembro e por ser parte da organização terrorista Al-Qaeda. Ao mesmo tempo, outros 1234 membros da Al-Qaeda foram condenados a penas de entre 6 e 12 anos.[127][128] Em 16 de fevereiro de 2006, o Tribunal Supremo baixou a pena de Abu Dahdah a 12 anos porque considerou que sua participação na conspiração não estava provada..[129]

Reação

Resposta imediata

Ex-Presidente dos Estados UnidosGeorge W. Bush é informado sobre o ataque ao World Trade Center.
Os ataques de 11/09 tiveram efeitos imediatos e esmagadores sobre o povo estadunidense.[130] Muitos policiais e equipes de resgate no resto do país tiveram que viajar para Nova Iorque para ajudar no processo de recuperação dos corpos das vítimas dos restos retorcidos das Torres Gêmeas.[131] Doações de sangue também aumentaram nas semanas após o 11/09.[132][133]
Mais de 3.000 crianças ficaram sem um ou os sem os dois pais.[134] As reações das crianças, tanto para essas perdas reais, mas também quanto às perdas da vida e de um ambiente protetor, são resultados bem documentados dos ataques.[135][136][137]
Pela primeira vez na história, o SCATANA forçou todas as aeronaves não-emergenciais civis nos Estados Unidos e em vários outros países, incluindo o Canadá, a pousar imediatamente,[138] deixando dezenas de milhares de passageiros em todo o mundo.[139]Qualquer voo internacional foi proibido de circular no espaço aéreo estadunidense, a Federal Aviation Administration, fazendo com que cerca de quinhentos voos fossem redirecionados para outros países. O Canadá recebeu 226 voos desviados e lançou a Operação Yellow Ribbon para lidar com o grande número de aviões e passageiros que recebeu.[140]

Operações militares após os ataques

Soldados estadunidenses embarcando em um helicóptero Boeing CH-47 Chinookdurante a Operação Anaconda noAfeganistão.
Às 14h40min de 11 de setembro, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld fez uma rápida emissão de ordens à seus assessores para procurar evidências do envolvimento do Iraque, de acordo com anotações feitas pelo alto oficial Stephen Cambone. "Best info fast. Judge whether good enough hit S.H." - se referindo à Saddam Hussein - "at same time. Not only UBL" (Osama bin Laden), as notas de Cambone citam Rumsfeld dizendo. "Need to move swiftly — Near term target needs — go massive — sweep it all up. Things related and not."[141][142]
O conselho OTAN declarou que os ataques contra os Estados Unidos foram considerados um ataque a todos os países da OTAN e, como tal, correspondem ao 5º artigo da Carta da OTAN.[143] Ao voltar para a Austrália após uma visita oficial aos Estados Unidos na época dos ataques, o então primeiro-ministro australianoJohn Howard, invocou o artigo IV do tratado ANZUS. Na reação aos atentados, a administração Bush anunciou uma "Guerra ao Terror", com metas estabelecidas de levar Osama bin Laden e a Al-Qaeda à justiça e prevenir o aparecimento de outras redes terroristas. Estes objetivos serão realizados através de sanções econômicas e militares contra os Estados vistos como abrigo de terroristas e aumentando a vigilância global e o compartilhamento de informações.
A segunda maior operação dos Estados Unidos na guerra global contra o terrorismo fora dos Estados Unidos e a maior diretamente ligada ao terrorismo, foi o derrube do governo talibã do Afeganistão por uma coalizão liderada pelos EUA. Os Estados Unidos não foi o único país a aumentar a sua prontidão militar, sendo outros exemplos a Filipinas e a Indonésia, países que têm os seus próprios conflitos internos com o terrorismo islâmico.[144]

Teorias conspiratórias

Os teóricos da conspiração questionam a versão oficial dos atentados, as motivações por trás deles e as partes envolvidas, e se envolveram em investigações independentes. Algumas das teorias da conspiração veem os ataques como um casus belli através de uma falsa bandeira para trazer o aumento da militarização e do poder de polícia.
Os defensores das teorias conspiratórias do 11/09 têm sugerido que indivíduos dentro dos Estados Unidos possuem informações detalhadas sobre os ataques e deliberadamente optaram por não evitá-los, ou que indivíduos de fora da al-Qaeda planejaram, realizaram, ou auxiliaram os ataques. Alguns teóricos da conspiração reivindicam que o World Trade Center não entrou em colapso por causa da colisão dos aviões, mas que foi demolido com explosivos. Esta hipótese de demolição controlada é rejeitada pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia e pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis, que, após investigação, concluíram que os impactos dos jatos em alta velocidade, em combinação com os incêndios subsequentes, causaram o colapso das duas torres.[145][146][147]

Suposto envolvimento das redes de televisão

Segundo uma teoria denominada Media Hoax/TV Fakery, o segundo avião visto ao vivo na televisão por milhões de espectadores, foi introduzido digitalmente por software CGI em tempo real pela CNN e Fox News. O fato de não ter sido mostrado o impacto frontal, teria tornado a produção do suposto vídeo muito fácil. Os outros vídeos mostrando impactos frontais teriam sido produzidos depois.[148] As testemunhas que diziam ter visto os aviões colidir contra as torres teriam quase todas ligações com as mídias, começando pela primeira a "depor", quatro minutos depois da primeira explosão, o vice-presidente da CNN.[149]

Consequências posteriores

Efeitos econômicos

Torre Norte ainda queimando após o colapso da Torre Sul.
As colunas exteriores de apoio do nível mais baixo da torre sul permaneceram de pé após o desabamento do prédio.
Os ataques tiveram um impacto econômico significativo nos Estados Unidos e nos mercados mundiais.[150] A New York Stock Exchange(NYSE), a American Stock Exchange (AMEX) e aNASDAQ não abriram em 11 de setembro e permaneceram fechadas até 17 de setembro. Quando os mercados de ações reabriram, o Dow Jones Industrial Average (DJIA), índice do mercado de ações, caiu 684 pontos, ou 7,1%, para 8.921, um recorde de recuo de um ponto em um dia.[151]
Até o final de semana, o DJIA tinha caído 1.369,7 pontos (14,3%), até então, a maior queda em uma semana na história, embora mais tarde ultrapassada em 2008, durante a crise financeira global.[152] As bolsas estadunidenses perderam US$ 1,4 trilhão em valor em uma semana.[152] Isto é o equivalente a US$ 1,72 trilhão em termos atuais.[153][154]
Em Nova York, cerca de 430 mil postos de trabalho por mês e US$ 2,8 bilhões em salários foram perdidos nos três meses seguintes ao 11/09. Os efeitos econômicos foram mais fortes principalmente nos setores econômicos da cidade que lidavam comexportações.[155] O PIB da cidade foi estimado em ter diminuído 27,3 bilhões dólares nos últimos três meses de 2001 e em todo o ano de 2002. O governo federal concedeu US$ 11,2 bilhões em assistência imediata ao Governo de Nova Iorque em setembro de 2001 e US$ 10,5 bilhões no início de 2002 para o desenvolvimento econômico e para necessidades de infraestrutura.[156]
Os ataques de 11 de setembro também prejudicaram as pequenas empresas em Lower Manhattan próximas ao World Trade Center, destruindo ou deslocando cerca de 18.000 delas. Foi prestada assistência por empréstimos Small Business Administration e pelaCommunity Development Block Grants and Economic Injury Disaster Loans do governo federal.[156] Cerca de 2.960.000  do espaço de escritórios de Lower Manhattan foi danificado ou destruído.[157]
Muitos se perguntam se esses postos de trabalho seriam repostos e se a base tributária danificada iria se recuperar.[158] Os estudos dos efeitos econômicos do 11 de setembro mostram que o mercado imobiliário de escritórios em Manhattan e o emprego de escritórios foram menos afetados do que o inicialmente esperado, devido as necessidades de serviços financeiros da indústria.[159][160]
espaço aéreo estadunidense foi fechado por vários dias após os ataques e as viagens aéreas diminuíram após a sua reabertura, levando a uma redução de quase 20% da capacidade de transporte aéreo e agravando os problemas financeiros da indústria aérea do país.[161]

Efeitos na saúde

As milhares de toneladas de detritos tóxicos resultantes do colapso das Torres Gêmeas consistiu em mais de 2.500 contaminantes, incluindo agentes cancerígenos conhecidos.[162][163] Isto conduziu a doenças debilitantes entre os trabalhadores de emergência e resgate, que muitos afirmam serem diretamente relacionados com a exposição de detritos.[164] Por exemplo, o oficial do NYPD, Macri Frank, morreu de câncer de pulmão que se espalhou por todo o seu corpo em 3 de setembro de 2007; sua família afirma que o cânceré o resultado de longas horas no local dos atentados e requer a linha de benefícios em caso de morte, que a cidade de Nova Iorquetem ainda de se pronunciar sobre.[165]
Sobreviventes ficaram cobertos de poeira tóxica após o colapso das torres.
Os efeitos na saúde também se estenderam para alguns moradores, estudantes e trabalhadores de escritórios de Lower Manhattan e do Chinatown da cidade.[166] Várias mortes foram ligadas à poeira tóxica causada pelo colapso do World Trade Center e os nomes das vítimas serão incluídas no memorial do World Trade Center.[167] Existe também a especulação científica que a exposição a vários produtos tóxicos no ar podem ter efeitos negativos no desenvolvimento fetal. Devido a este risco potencial para crianças o centro de saúde ambiental está atualmente analisando as crianças cujas mães estavam grávidas durante o colapso do WTC e estavam morando ou trabalhando perto das torres do World Trade Center.[168] Um estudo da equipe de resgate lançado em abril de 2010 constatou que todos os trabalhadores estudados tinham comprometimento da função pulmonar e que de 30% a 40% dos trabalhadores estavam relatando sintomas persistentes que começaram no primeiro ano do ataque com pouca ou nenhuma melhora desde então.[169]
As disputas legais sobre os custos de atendimento de doenças relacionadas com os ataques ainda estão no sistema judicial. Em 17 de outubro de 2006, o juiz federal Alvin Hellerstein rejeitou a recusa de Nova Iorque para pagar os custos da saúde para os trabalhadores de salvamento, permitindo a possibilidade de vários processos contra a cidade.[170] Os funcionários do governo foram acusados de incitar o público a retornar à Lower Manhattan nas semanas logo após os ataques. Christine Todd Whitman, administradora da EPA, na sequência dos ataques, foi duramente criticada por incorretamente dizer que a área dos ataques era ambientalmente segura.[171] O presidente George W. Bush foi criticado por interferir nas interpretações da EPA e por pronunciamentos sobre a qualidade do ar na sequência do ataques.[172] Além disso, o então prefeito, Rudolph Giuliani, foi criticado por incitar o pessoal do setor financeiro para voltar rapidamente à maior área de Wall Street.[173]
Alguns estadunidenses ficaram preocupados com a possibilidade de utilizar aviões para viagens, fazendo maior uso de automóveis. Isto resultou em uma estimativa 1 595 mortes "em excesso" nas auto-estradas do país no ano seguinte aos atentados.[174]

Reconstrução

One World Trade Center em construção.
No dia dos ataques, o então prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, proclamou, "Nós vamos reconstruir. Nós vamos sair desta mais forte do que antes, mais forte politicamente, economicamente mais forte. A linha do horizonte será feita toda de novo."[175] A Lower Manhattan Development Corporation, empresa responsável pela coordenação dos esforços de reconstrução no local do World Trade Center, foi criticada por fazer pouco com o financiamento direcionado para o enorme esforço de reconstrução.[176][177]
Além da construção do 7 World Trade Center, junto ao local principal e concluído em 2006, e daEstação PATH, que abriu no final de 2003, o trabalho na reconstrução do local principal do World Trade Center foi adiada até final de 2006, quando o arrendatário Larry Silverstein e a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey chegaram a um acordo sobre o financiamento dos novos edifícios.[178] A 1 World Trade Center está em construção no local e, com 541 metros após a conclusão em 2011, se tornará um dos edifícios mais altos na América do Norte, perdendo apenas para a CN Tower em TorontoCanadá.[179][180]
No local do World Trade Center, mais três torres estão sendo construídas à leste de onde as torres originais estavam. Embora a construção de todas as três torres já tenha começado, elas estão previstas para serem concluídas pouco depois da conclusão do 1 World Trade Center.[181] A seção danificada do Pentágono foi reconstruída e ocupada dentro de um ano após os ataques.[182]

Memoriais

Tribute in Light em 11 de setembro de 2011, décimo aniversário dos ataques, visto deNova Jersey. É possível notar oOne World Trade Center em construção à esquerda, iluminado com as cores da bandeira dos Estados Unidos.
Nos dias que se seguiram aos ataques, muitos memoriais e vigílias foram realizadas ao redor do mundo.[183][184][185] Além disso, as fotos foram colocadas em todo o Ground Zero. Uma testemunha descreveu ser incapaz de "se afastar dos rostos de vítimas inocentes que foram mortas. Suas fotos estão em toda parte, em cabines telefônicas, postes de luz, paredes de estações de metrô. Tudo o que me fez lembrar de um grande funeral, as pessoas caladas e tristes, mas também muito bom. Antes, New York me dava uma sensação de frio, agora as pessoas estavam chegando para ajudar umas as outras."[186]
Um dos primeiros memoriais foi o "Tribute in Light", uma instalação de 88 holofotes no local onde ficavam as torres do World Trade Center que projeta duas colunas verticais de luz no céu.[187] Em Nova Iorque, a concorrência pelo Memorial do World Trade Center realizou-se a concepção de um memorial apropriado no local.[188] O desenho vencedor, Refletindo Ausência, foi selecionado em agosto de 2006 e consiste de um par de espelhos d'água no local onde estavam das torres, cercado por uma lista dos nomes de vítimas em um espaço memorial no subsolo.[189] Os planos para um museu no local foram suspensos, na sequência do abandono do International Freedom Center, em reação às denúncias das famílias das vítimas.[190]
Memorial do Pentágono foi concluído e aberto ao público durante o sétimo aniversário dos ataques, em 11 de setembro de 2008.[191][192] Trata-se de um parque com 184 bancos de frente para o Pentágono.[193] Quando oPentágono foi reparado entre 2001 e 2002, uma capela privada e um memorial no interior foram incluídos, situada no local onde o voo 77 se chocou contra o edifício.[194]
Em Shanksville, o Memorial Nacional do Voo 93 está previsto para incluir um bosque esculpido de árvores formando um círculo em torno do local do acidente, dividido pelo caminho do avião, enquanto sinos de vento carregarão os nomes das vítimas.[195] Um memorial temporário está localizado a 457 metros do local do acidente.[196] Os bombeiros de Nova York dooaram um memorial para o Corpo de Bombeiros Voluntários de Shanksville. É uma cruz de aço do World Trade Center montada em cima de uma plataforma em forma de pentágono.[197] Foi instalado fora do quartel em 25 de agosto de 2008.[198]
Muitos outros monumentos permanentes estão sendo construídos em outros lugares e bolsas de estudo e caridade foram estabelecidas para as famílias das vítimas, junto com muitas outras organizações e números privados.[199]





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