terça-feira, 23 de outubro de 2018

SPFW TORINNO / N46

MATÉRIA RETIRADA DO SITE OFICIAL DO SPFW

                             A marca de Luis Fiod estreou no SPFW com seu streetwear de luxo.
                            Como adiantamos hoje em uma entrevista com o diretor criativo, a coleção tem três pilares: floresta, campo militar e demolição; cada um gera um grupo de shapes e estampas.
                             A Torinno pode preencher um gap que existe para consumidores de todas as idades com espírito livre, que buscam por algo diferente e com qualidade e que não se contentam somente pelo arroz e feijão da moda masculina.
                            Vale destacar o trabalho no couro, especialmente nas jaquetas e bermudas, como no segundo look, em Leo Picon, e no conjunto com acabamento metalizado e fundo laranja na área do bolso. São pequenos detalhes de corte e cor, mas que fazem toda a diferença.
                            Cores e estampas fazem parte do DNA da marca e neste desfile não foi diferente. Há um trabalho forte com tons ora sóbrios, ora acesos, e um destaque para a estamparia. De 46 looks, 14 são estampados, reforçando a aposta da marca em criar uma estética fora do lugar comum para o público masculino.
                            Em uma entrevista mais cedo, Luis celebrou o fato de que a Torinno tem agradado tanto homens quanto mulheres – e de fato, posso imaginar que isso aconteça. Eu mesma, passeando pelo Instagram da marca e até mesmo no desfile de hoje, vi jaquetas e calças que poderia usar tranquilamente. E é exatamente por isso que não consigo entender os looks femininos mostrados no desfile – há quatro deles (o último em Deborah Secco).
                            Quando a marca cria especificamente para a mulher, ela perde sua essência.  Tudo o que ela tem de diferencial se perde, pois passa a enxergar a mulher com um olhar antigo: vestidos mais justos, comprimentos curtíssimos e saltos altíssimos. Uma mulher poderosa, impecável e inatingível hoje parece fora de contexto, devido ao momento mesmo e todas as suas transformações. Se vale uma contribuição aqui, a Torinno pode seguir fazendo o que faz melhor – isso já é o suficiente para conquistar o público feminino.
                            Um salve para a trilha de Max Blum, que abriu o desfile com a linda Yes I’m Changing, do Tame Impala. (Camila Yahn)
DIREÇÃO CRIATIVA
Luís Fiod
STYLING
Luís Fiod
DIREÇÃO DE DESFILE
Bill McIntyre
BELEZA
Max Weber
TRILHA
Max Blum
Fotos: Zé Takahashi / Ag. FOTOSITE

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